Investimentos alternativos têm chegado a um público mais amplo no Brasil, em um movimento pavimentado por inovações tecnológicas e menores barreiras de entrada.
O movimento acompanha a busca crescente de pequenos investidores de varejo por diversificação além do mundo tradicional da poupança, dos títulos públicos, dos CDBs e ações.
Com a proliferação das corretoras que abrem conta de investimento no exterior de forma simplificada, os investidores têm tido acesso a um universo de ativos. Por exemplo, ETFs, cotas de fundos negociadas em bolsas, com temáticas que vão de e-sports até apostas.
Outro movimento ocorre por meio do equity crowdfunding, uma variação das vaquinhas online mais tradicionais. O equity crowdfunding é um sistema em que plataformas especializadas captam recursos de interessados em se tornarem sócios de startups.
Uma das precursoras nos investimentos diferentões, a Hurst Capital é especializada no que chama de ativos reais, o que pode incluir produtos tão diferentes quanto imóveis, vinhos, precatórios e maquinário pesado. Seus cerca de 10 mil clientes compram até royalties musicais.
No setor de NFT, há muitos investidores traumatizados com perdas significativas. O aumento dos juros no mundo obrigou startups a demitirem milhares de pessoas. Fundos temáticos tiveram grandes perdas, como o Vitreo Cannabis Ativo FIM, que acumula uma perda de cerca de 85% desde o final de 2019.
Especialistas do setor, afirmam que esses exemplos deram uma dura lição de que o espírito de aventura não é um bom conselheiro para o poupador que tem vontade de diversificar o patrimônio.
No caso de alternativos, também é importante conferir se o veículo que oferece o produto é autorizado pela CVM.
Com a iminência de um ciclo de cortes da Selic e o amadurecimento do público investidor, os empreendedores do setor acreditam que uma recuperação dos preços deve começar em breve, à medida que investidores aproveitam barganhas.