Mercado financeiro avalia que governo não conseguirá zerar déficit em 2024; confira

Confiança em Haddad cai

ECONOMIA

Pesquisa feita pela Genial/Quaest, divulgada na terça-feira (19) mostra que a maioria dos agentes consideram que o Senado vai concluir a votação da reforma tributária até o fim de 2023. Além disso, para 95% do mercado financeiro, o governo não conseguirá zerar o déficit primário no ano que vem. Apenas 5% dos 87 profissionais de fundos de investimentos ouvidos esperam cumprimento da meta fiscal em 2024.

Pesquisa

Mesmo que todas as medidas anunciadas pelo governo para turbinar a arrecadação em 2024 sejam aprovadas, apenas 14% dos entrevistados esperam que o pacote leve à zeragem do rombo nas contas públicas. Já 86% afirmam que a meta fiscal será descumprida independentemente do pacote de aumento das receitas.

Arrecadação

Entre as medidas, a taxação de fundos exclusivos é considerada a de mais fácil avanço no Congresso: 46% dos entrevistados veem alta probabilidade de que ela seja aprovada. Já a aprovação do fim da dedutibilidade dos juros sobre capital próprio (JCP) é vista como “muito provável” por apenas 27%.

Taxação de fundos exclusivos

A maioria do mercado financeiro (74%) espera que o Senado conclua ainda este ano os trabalhos sobre a reforma tributária, indica pesquisa Genial/Quaest. Outros 26% avaliam que a medida não deve avançar até dezembro. Para 62% dos 87 profissionais de fundos entrevistados, a reforma administrativa não será pautada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Já 38% esperam que o seja. Ao todo, 72% afirmam que a reforma do Imposto de Renda não será votada até o fim do ano, contra 28% que esperam que seja.

Reforma tributária e reforma do IR

Entre julho e setembro, o mercado se tornou mais cético em relação à capacidade do governo de fazer avançar as suas prioridades no Legislativo. A proporção dos que consideram que a capacidade do governo de aprovar a sua agenda no Congresso é baixa cresceu de 24% para 27%, e os que veem a capacidade como alta caíram de 27% para 20%. A avaliação de que a capacidade é regular passou de 49% para 53%.

Articulação

A proporção do mercado financeiro que avalia positivamente o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, caiu 8 pontos porcentuais entre julho e setembro, de 20% para 12%, indica a pesquisa Genial/Quaest. No período, a avaliação negativa cresceu 3 pontos porcentuais, de 44% para 47%, e a avaliação regular avançou 5 pontos, de 36% para 41%.

Avaliação do governo Lula

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