Especialistas contam quais ações do setor de Energia que você deve apostar ainda neste ano
RENDA VARIÁVEL
Os analistas contam à Inteligência Financeira que existe potencial em ações de distribuidoras na bolsa de valores. Isso porque o fornecimento de eletricidade para consumo doméstico incorre em mais riscos do que o mercado de transmissão, por exemplo.
A Auren chamou a atenção do mercado recentemente por distribuir R$ 1,5 bilhões em dividendos para acionistas ordinários (AURE3) no primeiro semestre. A empresa é atrativa no momento por “estar barata” na visão de Luan Alves, analista da VG Research. Já para Carlos Herrera, estrategista-chefe da Condor Insider, afirma que o valor de mercado da empresa está “razoável”. No entanto, o “super dividendo” da Auren pode ser um “Cavalo de Tróia”.
Entre as ações de Energia que estão no radar do mercado, os papéis da Cemig (CMIG4) tem potencial para se valorizarem ainda em 2023. Os ativos preferenciais de classe B sobem 14,62% desde janeiro. A distribuidora, que opera em Belo Horizonte (MG), pode ganhar voo na bolsa por um fator: privatização. Esta é a avaliação de Renato Reis, analista da DV Invest.
Outra ação citada de forma recorrente com potencial de valorização é a Eletrobras (ELET3, ELET6). Os papéis vêm de uma onda de “notícias ruins” para o mercado. Mesmo assim, Carlos Herrera, estrategista-chefe da Condor Insider, explica que a companhia pode “destravar valor” ainda este ano. “A Eletrobras tem uma quantidade de ativos que, se bem geridos, podem levar ao aumento do volume de caixa”, afirma Herrera.
Assim como a Eletrobras, a Copel (CPLE6) passou recentemente por um processo de privatização. São casos parecidos e que podem levar a uma potencial valorização na bolsa, de acordo com Danilo Vitti, analista da Apex Capital Vitti. “No sentido de que precisa seguir todos os passos de uma empresa que passou por uma privatização”. Conforme Monteiro, da CM Capital, os papéis preferenciais classe B (CPLE6) precisam avançar apenas 8% para renovar a máxima históricas de R$ 8,65. No ano, as ações de Copel sobem 8,75%.
A Equatorial (EQTL3) também é uma preferência do mercado para ações de Energia. Para Danilo Vitti, analista da Apex Capital, a empresa está “mais cara”, mas vem “entregando resultados operacionais satisfatórios para o investidor. “O que eu gosto na Equatorial é que ela é uma empresa mais agressiva. Quando tem caixa, ela compra uma praça nova”. O especialista destaca a compra da Celg-D, da Enel Goiás, por R$ 1,6 bi em janeiro.