Com a queda da Selic, que levou os juros para 12,75% ao ano, é melhor investir em ações ou em FIIs? Fizemos as contas para você; confira
ONDE INVESTIR
Uma estratégia de investimentos focada em dividendos pode passar por dois ativos bem conhecidos no mercado: as ações e os fundos imobiliários. Apesar de distribuírem proventos, cada um tem suas particularidades.
Os Fundos de Investimento Imobiliário, também conhecido como FIIs, são investimentos coletivos que reúnem pessoas com um mesmo objetivo: investir em negócios imobiliários.
Uma ação nada mais é do que uma fração de uma empresa. Ao comprar esse ativo, você se torna acionista minoritário daquela companhia. As ações são negociadas na bolsa de valores (B3).
Quando o assunto é distribuição de dividendos, os ativos têm regras diferentes. O que se destaca é a obrigatoriedade de cada um. “Os fundos imobiliários devem distribuir no mínimo 95% do resultado do caixa no semestre”, explica Caio Nabuco de Araujo, analista da Empiricus Research. Já as ações têm regras que variam de acordo com a estratégia da empresa. “Geralmente se estabelece o mínimo de 25% em um período anual”, ressalta Caio.
Na visão do especialista, em termos de pagamento de dividendos e olhando uma métrica quantitativa, os fundos imobiliários têm uma recorrência maior, já que pagam mensalmente. “Por conta dessa regra de distribuição, eles também tendem a entregar um dividend yield maior. Porém, uma carteira voltada para geração de renda deve ter tanto ações quanto fundos imobiliários”, ressalta.
A decisão sobre investir em fundos imobiliários ou ações varia de acordo com a estratégia, objetivos e perfil de investidor. “Defendemos um perfil de alocação equilibrado de longo prazo, que inclui dividendos na carteira”, ressalta Caio.
Na quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom), anunciou uma redução na taxa Selic, de 13,25% para 12,75% ao ano. Segundo Caio, esse processo tende a ser favorável para os dois ativos. “No curto prazo, o que podemos notar, ainda que de forma tímida, é a redução de despesas financeiras, tanto das empresas quanto de alguns fundos imobiliários que possuem alavancagem. Quanto mais a Selic cair, mais visíveis serão esses efeitos”, ressalta.